DISSERTAÇÃO COM REFERENCIAL TEÓRICO
A saúde do trabalhador emergiu em um contexto marcado pelo crescimento dos movimentos pela redemocratização do país (final dos anos de 1970 e início dos anos de 1980). “O olhar conferido pela Medicina Social – atento à estrutura social e do trabalho e mais próximo das instituições públicas de saúde – ganha nova dimensão: o ser humano, sua inserção no processo produtivo como um todo, na organização e na divisão do trabalho e as características específicas de cada extrato social. (...) De caráter interdisciplinar e intersetorial, a Saúde do Trabalhador, sem deixar de se valer do acúmulo do conhecimento da Medicina do Trabalho e da Saúde ocupacional, considera que o trabalhador – e por extensão todo o conjunto da população –, além de objeto de seus benefícios, deve ser também sujeito das ações de transformação dos fatores determinantes do seu processo de adoecimento” (SAÚDE DO TRABALHADOR NO SUS: APRENDER COM O PASSADO, TRABALHAR O PRESENTE, CONSTRUIR O FUTURO. Maeno M, Carmo JC. São Paulo: Editora Hucitec; 2005).
Ao longo dos anos o avanço tecnológico e uma maior demanda de produção têm contribuído e muito para expor o homem a condições de trabalho agressivas a sua saúde impondo ao trabalhador situações repetitivas levando-os a extremo esgotamento. Atualmente o principal assunto é o crescente aumento de trabalhadores que agregam as suas doenças já pré-existentes novas doenças ocupacionais, doenças essas, ocasionadas pelas condições precárias de trabalho oferecidas, culminando assim em um maior número de pedidos de afastamento de suas funções e ocupações ocasionando assim redução na produção. (ASSUNÇÃO et