Dismenorreia
A dismenorréia é uma das queixas mais freqüentes na clínica ginecológica diária, responsável por altos índices de falta na escola e no trabalho. O termo dismenorréia significa menstruação dolorosa acompanhada ou não de manifestações gerais. Quando ocorrem, os sintomas mais freqüentes são: náuseas, vômitos, fadiga, diarréia, nervosismo, dor lombar, vertigem e cefaléia. A importância do seu estudo se deve ao fato de que, embora quase todas as mulheres apresentem cólica uterina em algum momento de sua vida, cerca de 10 a 15% apresentam sintomatologia severa, incapacitando-as para seus afazeres habituais, comprometendo as atividades familiares, profissionais e sociais. Tradicionalmente é classificada em primária e secundária. A dismenorréia primária (DP) se caracteriza por não possuir doença pélvica orgânica e é o tipo mais comumente diagnosticado entre as adolescentes. Sua principal componente, a cólica uterina, é causada por contrações miometrais induzidas pelas prostaglandinas. A dismenorréia secundária (DS) se caracteriza pela presença de lesão orgânica na pelve, como endometriose, adenomiose, pólipos, miomas, uso do dispositivo intra-uterino (DIU), malformações uterinas e varizes pélvicas. Diante disto, serão abordados, a seguir, a classificação, etiopatogenia, diagnóstico e terapêutica da dismenorréia, ressaltando, sobretudo, a assistência de enfermagem as mulheres portadoras desta patologia.
Palavras-chave: Dismenorréia. Prostaglandinas. Assistência de Enfermagem
INTRODUÇÃO
A dismenorréia é um das queixas mais freqüentes na clínica ginecológica diária, afetando em larga escala suas atividades sociais, desportivas e escolares, sendo responsável por altos índices de absenteísmo na escola e no trabalho (COCO, 1999; MARANHÃO, 2002). O termo dismenorréia é derivado do grego e significa menstruação difícil e se caracteriza pelo conjunto de sinais e sintomas representados por náuseas, vômitos, diarréia, fadiga, dor lombar, nervosismo, tonturas e