As narrativas como explicitadoras e como produtoras do conhecimento
“[...] discutir com os sujeitos das narrativas o perfil de sua narração pode ser um exercício intensamente interessante, capaz de explorar compreensões e sentimentos antes não percebidos, esclarecedores dos fatos investigados.” (p. 38).
“[...] no ensino, [...] são usuais os relatos escritos. Sua análise mostra que toda a construção do conhecimento sobre si mesmo supõe a construção de relações tanto consigo quanto com os outros.” (p. 38 e 39).
“[...] a narrativa não é a verdade literal dos fatos mas, antes, é a representação que deles faz o sujeito e, dessa forma, pode ser transformadora da própria realidade.” (p. 39).
“Trabalhar com narrativas na pesquisa e/ou no ensino é partir para a desconstrução/construção das próprias experiências, tanto do professor/pesquisador como dos sujeitos da pesquisa e/ou do ensino.” (p. 39).
“A narrativa provoca mudanças na forma como as pessoas compreendem a si próprias e aos outros. [...] é possível, ao “ouvir” a si mesmo ou ao “ler” seu escrito, que o produtor da narrativa seja capaz, inclusive, de ir teorizando a própria experiência.” (p. 39 e 40).
“A trajetória da pesquisa qualitativa confirma o fato de que tanto o relato da realidade produz a história como ele mesmo produz a realidade.” (p. 40).
“Através da narrativa ele* vai descobrindo os significados que tem atribuído aos fatos que viveu e, assim, vai reconstruindo a compreensão que tem de si mesmo.” (p. 41). (* o professor).
“[...] a produção de narrativas serve, ao mesmo tempo, como procedimento de pesquisa e como alternativa de formação.” (p. 41).
“A perspectiva de trabalhar com as narrativas tem o propósito de fazer a pessoa tornar-se visível para ela mesma.” (p. 42).
“O que vamos descobrindo, [...] é que as narrativas não são meras