Discorrimento sobre o minhocão
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Minhocão: uma discussão elevadaNa década de 1970, a construção do elevado Presidente Costa e Silva, ou Minhocão, gerou grande repercussão. As regiões por onde ele passa (como a Avenida Francisco Matarazzo e a Avenida São João) eram, até então, conhecidas por abrigarem parte da classe média alta da capital paulista. Atualmente, ao visitarmos a região, a mudança pode ser notada claramente: desvalorização imobiliária, aumento da frequência de moradores de rua, pontos de venda de drogas, falta de segurança, etc.
No documentário Elevado 3.5, antigos moradores da região relatam que nessas avenidas onde o elevado passa, a população encontrava lojas de “marca” da época, além disso, era um lugar onde jovens se encontravam nos finas de semana para conversar e se divertir.
Ainda em relação ao documentário, muitas das pessoas que possuem residência na região têm uma conexão emocional com o viaduto, muitas vezes, por que passaram suas vidas inteiras próximas a ele, ou por que sentem afinidade com a obra. Tanto o Minhocão, quanto seus atores sociais, têm muita história nessas 4 décadas desde a sua construção. Por isso, o projeto de demolição tornou se demasiadamente polêmico na população.
Nos relatos, nota se uma unanimidade em relação ao futuro do minhocão, todos entrevistados são contra a sua demolição.
A região dos arredores do minhocão possui uma grande complexidade social, com a sua construção, houve uma mudança do padrão de moradores, porém, um bairro destoa da paisagem: Higienópolis, que é repleto de edifícios e casas de alto padrão. Os moradores do bairro, com a expectativa de mudanças, consentem com a derrubada do elevado, pois assim, acreditam que haverá uma alteração no perfil dos frequentadores de suas ruas, hoje repletas de moradores de rua e toxicômanos.
A questão do elevado vai muito além do âmbito social. Atualmente, um grande motivo de discussão em relação ao futuro do minhocão, faz referência ao mercado imobiliário. Aqueles que são contra os projetos