Diretrizes SS e Projeto Ético Pólítico
Diretrizes para a reflexão do Projeto Ético-Político do Serviço Social.
O Serviço Social se inscreve na divisão social e técnica do trabalho diante da necessidade do capital em gestar as expressões da questão social, oriundas do período da Revolução Industrial.
Como apontam os autores Iamamoto e Carvalho (2007, p. 77), O Serviço Social se gesta e se desenvolve como profissão na divisão social do trabalho, tendo por pano de fundo o desenvolvimento capitalista industrial e a expansão urbana, processo esse aqui apreendido sob o ângulo das novas classes sociais emergentes – a constituição do proletariado e a burguesia industrial – e das modificações verificadas na composição dos grupos e frações de classes que compartilham o poder de Estado em conjunturas históricas especificas.
Diante desse contexto a exploração da classe proletária tornava-se cada vez mais evidente, e o Estado ao reconhecer a possibilidade de perder o controle da situação mediante a pressão das classes populares, responsabiliza-se por intervir como forma de dar apoio e sustentação a classe burguesa, reconhecendo os Assistentes Sociais como profissionais capacitados para serem gestores das Políticas Sociais e mediadores destes conflitos entre classes, com um posicionamento meramente conservador de manutenção da ordem societária.
Iamamoto (2011, p.223) explica que O projeto do Serviço Social brasileiro é historicamente datado, fruto e expressão de um amplo movimento de lutas pela democratização da sociedade e do Estado no país, com forte presença das lutas operárias que impulsionam a crise da ditadura do grande capital. Foi no contexto de ascensão do movimento das classes sociais, das lutas em torno da elaboração e aprovação da Carta Constitucional de 1988 e pela defesa do Estado de Direitos, que a categoria dos Assistentes Sociais foi sendo socialmente questionada pela prática política de diferentes segmentos da