Diplomacia dos Direitos Humanos

1. Definição
Segundo o Cultural Diplomacy DICTIONARY da Academy for Cultural Diplomacy, a Diplomacia dos Direito Humanos é definida como:
“Um campo diplomático englobando as políticas e estratégias voltadas à promoção e proteção dos Direitos Humanos. Muitas organizações internacionais hoje tem os Direitos Humanos no centro da sua agenda, e os governos nacionais também têm estado sob crescente pressão para incorporar considerações sobre os direitos em sua política externa.
Ao longo dos anos, democracias emergentes têm colocado grande ênfase na política de Direitos Humanos e o anseio por se envolver neste tipo de diplomacia pode ser testemunhado em todos os níveis: local, regional, nacional e internacional”.
Na obra Human Rights Diplomacy: Contemporary Perspectives , que surgiu a partir do High-Level Workshop on Human Rights Diplomacy, em Veneza, a Diplomacia dos Direitos Humanos é entendida como “como a utilização de negociação diplomática e persuasão com o propósito específico de promover e proteger os direitos humanos”, ainda que somente recentemente haja expansão do entendimento de que o trabalho de negociação visando a expansão dos Direito Humanos seja diplomático, vez que a Diplomacia, por si, é tradicionalmente vista como destituída de valores e moral, circunscrita na realpolitik, enquanto Direitos Humanos está intimamente ligado a ideais universais, princípios e valores.
A então Delegada do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos, Kang Kyung-wha define a Diplomacia dos Direitos Humanos como não somente um processo de auto-reflexão e auto-correção, como de encorajamento e insistência para que todos se aprimorem.
Em última instância, distingue-se o uso da diplomacia como ferramenta para a promoção de Direitos Humanos do uso os Direitos Humanos como ferramenta para a diplomacia, este uma situação distinta e que pode incorrer em situações negativas, como, por exemplo, o uso dos corpo diplomático para justificação de relatórios negativos