Diodos
Os elementos de circuito que estudámos até agora foram elementos lineares. Ou seja, se duplicamos a ddp aos terminais de um componente, a intensidade da corrente eléctrica que o percorre também duplica.
Já que estamos a caracterizar os componentes estudados podemos acrescentar que são passivos. Isto quer dizer que não precisam de uma alimentação independente do circuito em que se integram. Os elementos activos serão estudados noutra disciplina.
O díodo é um elemento não linear e passivo representado pelo símbolo:
Tem dois terminais, um ânodo (A) e um cátodo (C), tal como está representado na figura:
A
C
Podemos descrever o comportamento de um díodo ideal a partir da dependência entre as grandezas intensidade da corrente eléctrica que o percorre e ddp aos seus terminais. A sua representação gráfica é: i/A V/V
V é a ddp entre os terminais ânodo e cátodo:
V = VA - VC e i é a intensidade da corrente que percorre o díodo.
Vemos que a corrente só é diferente de zero para V > 0. Ou seja só quando o ânodo está a um potencial superior ao cátodo.
Neste caso dizemos que temos polarização directa (área representada a lilás).
Se o potencial do cátodo é superior ao do ânodo então a corrente é nula e temos polarização inversa (área representada a azul claro). Ao representarmos V em função de i obtemos:
V/V
i/A
Considerando que o declive de cada recta é a resistência eléctrica do díodo ideal, o mesmo tem resistência nula quando polarizado directamente e infinita quando polarizado inversamente. Logo:
+
-
⇔
+
+
-
-
⇔
+
-
O díodo conduz no sentido da seta e não conduz no sentido contrário.
Na prática, só há polarização directa do díodo se a diferença de potencial entre o ânodo e o cátodo for superior a um determinado valor. Esse valor é característico do díodo. No caso de um díodo de silício dizemos que é cerca de 0,7 V. Isso faz com que possamos criar um modelo mental de díodo que obedece à seguinte