dilema economico
Estagnação. Ex-presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açucar, ex-ministro da Fazenda (1987), da Gestão Pública e de Ciência e de Tecnologia (1999), Bresser-Pereira está pessimista. “Vivemos hoje um processo semelhante aos de 1986 e 1998, que eu vivi na pele. O quadro é de estagnação que precede uma crise interna, e assim o tão necessário ajuste e realizado”, diz ele, em referência a dois períodos históricos.
ANALISE
Em 1986, o governo José Sarney (PMDB)segurou o Plano Cruzado até o limite, permitindo ajustes somente após as eleições – em 1987, o País quebrou e deum calote na dívida externa. Em 1998 foi a vez de o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) segurar a taxa de câmbio fixa na relação de “um para um” entre dólar e real.
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Semanas após as eleições, o mercado forçou um ajuste, o câmbio disparou e a economia entrou em crise no início de 1999. Bresser-Pereira não foi o único economista a relatar ao Estado uma certa semelhança com o cenário vivido hoje, no governo Dilma Rousseff.
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Dilema. Na avaliação de Colin M. Lewins, professor emérito de História Econômica na London School of Economics, a retomada do crescimento passa por um combate mais eficiente da inflação. O governo também deveria buscar o aumento da produtividade do País. Lewins aponta, ainda, para a necessidade de melhorar a administração da taxa de câmbio e atacar “o dilema produtividade/corrupção”, que também atrapalha o avanço de empresas brasileiras.
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“Até muito recentemente, sucessivos governos brasileiros tiveram um histórico razoável de administrar a inflação, um excelente desempenho na redução da desigualdade social”, assinalou. “E um resultado bem mais malsucedido no aumento da produtividade, não obstante as melhorias do mercado de trabalho.”
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Resultados. Segundo o economista Márcio Garcia, doutor