diego
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos tem surgido um pluralismo teórico crescente no campo da teoria das organizações em função, principalmente, da complexidade apresentada pela emergência de novas formas organizacionais e pela turbulência ambiental, que demandam perspectivas analíticas diferentes das tradicionalmente encontradas na literatura, mas que invariavelmente retomam antigas formulações principalmente àquelas tratadas sob o prisma sistêmico.
O desenvolvimento da teoria sistêmica nos estudos organizacionais abriu novas possibilidades de análise para o espaço das organizações ao considerá-las não mais como um sistema fechado, mas ao contrário disso, demonstrando seu contínuo intercâmbio com ambiente e a influência deste na sua estruturação.
Tendo em vista os fatores ambientais (estratégia, tamanho, incerteza da tarefa e tecnologia), bem como suas contingências, que podem impactar nas organizações, a teoria contingencial procurou tratar da influência dessas variáveis na formatação das estruturas das organizações, que ao adotarem distintas formas de se configurarem poderiam se adaptar mais ou menos em relação ao ambiente. No entanto, a teoria da contingência possui algumas distorções adaptativas que a ecologia organizacional tentou suprimir, oferecendo uma base analítica que valoriza a ótica do padrão de relacionamento entre organização e ambiente, e entre as próprias populações de organização, que por sua vez, conduz ao entendimento da colaboração interorganizacional, enfocando não apenas a competição, mas também a cooperação entre as empresas. Portanto, uma teoria que conquistou amplo espaço no campo organizacional foi a de redes interorganizacionais, que procura dar conta da complexidade das novas formas de organização e das variáveis ambientais, sendo sua conceituação e caracterização de suma importância para o melhor entendimento destes arranjos híbridos localizados em algum lugar do