dicas de redação
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa busca unificar o registro escrito nos oito países que falam o idioma – Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal. A data em que entrará em vigor será estabelecida por um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas o Ministério da Educação pretende exigir, na licitação dos livros didáticos de 2010, que estes já sejam impressos com as novas regras. A expectativa é de que o uso esteja consolidado em 2012.
A unificação ortográfica visa, entre outros objetivos, facilitar o processo de intercâmbio cultural e científico entre os países e divulgar mais amplamente o idioma e a literatura em Língua Portuguesa. Estimativas indicam que quase 230 milhões de pessoas no mundo falam o português, que seria o quinto idioma mais falado.
O acordo foi aprovado em 1990 e deveria entrar em vigor quatro anos depois, mas alguns dos países integrantes não o ratificaram a tempo. O protocolo modificativo desta data foi aprovado pelo Brasil em 2002.
As mudanças vão alterar entre 0,5% e 2% do vocabulário.
Veja as principais mudanças feitas pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa:
No português de Portugal, desaparecerão o C e o P de palavras em que não são pronunciadas, como em acção e óptimo. Palavras como herva e húmido serão escritas como no Brasil, erva e úmido;
O trema, usado em palavras como lingüiça, freqüente e qüinqüênio, deixará de existir;
Acentos agudos deixarão de ser usados nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como em assembléia, idéia, heróica e jibóia; também nas paroxítonas com “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongos: feiúra passará a ser feiura; e nas formas verbais que tem o acento tônico na raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i”. Com isso, averigúe (de averiguar) e argúem (de argüir) passam a ser escritas sem acento;
Cai o acento diferencial de palavras