Dianabol
Na década de 50, os russos dominavam o cenário quando a questão eram as modalidades esportivas em que a força fosse o fator preponderante. Descontentes com a situação, os Estados Unidos solicitaram que os médicos da equipe americana de levantamento de pesos descobrissem como os russos estavam conseguindo tanta vantagem sobre os americanos. A história oficial diz que os médicos americanos contaram com a ajuda de um atleta russo que aceitou ser submetido a uma série de exames, porém, nos bastidores se comenta que o segredo foi entregue de bandeja pelo treinador da equipe russa durante uma bebedeira. Independente da veracidade de uma ou outra história, o fato é que os americanos descobriram o que estava acontecendo: a administração exógena de testosterona sintética. Foi neste contexto que John Ziegler, médico da equipe americana de levantamento de peso, desenvolveu o primeiro EAA derivado da testosterona, feita especialmente para os atletas americanos, em 1960. A substância recebeu o nome de metandrostenolona e a sua patente foi vendida para a Ciba Pharmaceutical Company (que hoje faz parte da Novartis) por 100 dólares. Dianabol, o nome comercial desta droga usado pela Ciba, se popularizou e é conhecido até os dias de hoje, em todas as partes do mundo. O advento da metandrostenolona tornou possível o desenvolvimento de vários outros EAAs (1). A facilidade da administração oral aliada aos fantásticos efeitos fez com que o dianabol ganhasse adeptos em várias modalidades esportivas. Se a testosterona ocupa o primeiro lugar na lista de EAAs mais usados na história, certamente o dianabol se encontra na segunda posição. Apesar da comunidade médica utilizar no passado o dianabol como um “tônico para mulheres” (!!!) , com o passar do tempo a falta de aplicação desta droga para combater problemas reais fez com que ela fosse retirada de circulação em 1980. Contudo, a metandrostenolona ainda é produzida legalmente em países como México, Rússia,