Diagnóstico Social

Introdução

Este trabalho pretende apresentar um diagnóstico social de um grupo pertencente a religião do Candomblé, aqui representados pelo “Terreiro São Jorge Filho da Goméia”. Para tanto, é importante apresentar inicialmente seu processo sócio-histórico, seu país e povo de origem , sua etnia, a forma como precisaram se adaptar e lutar pela preservação de sua cultura em uma outra nação. Serão também abordados aspectos relativos ao que constituem as suas crenças espirituais, psicológicas ou sociais, a forma como se percebem e como acreditam ser percebidos por outros grupos e pela sociedade em geral, caracterizando os processos de estereotipização, a sua tendência comportamental em relação a outras religiões, o que aceitam e o que rejeitam,evidenciando as atitudes positivas e negativas deste grupo, a histórica e persistente temática do preconceito e intolerância religiosa ainda presente no convívio social e a forma e como se constitui este grupo, o que os une, o que os mobiliza, ou seja como se estrutura a sua identidade.

1. O Processo Histórico

A origem da palavra “Candomblé,” no Brasil, fazia referência a festa ou reunião de negros, mas também faz-se relação a uma modificação fonética das palavras “Candonbé”, que é um tipo de atabaque usado por negros na Angola ou da palavra “Candonbidé” que significa “ato de louvar”. Para o grupo do “Terreiro São Jorge Filho da Goméia” a palavra adquire o significado de “Culto a Ancestralidade”. Falar de Candomblé é retomar a uma página da história que não dignifica esta nação, não pelo que passou a representar esta religião, mas a forma como ela aqui se constituiu. Através de um povo de origem africana, em especifico o povo Bantu, das regiões de Angola, Moçambique e Congo, que de forma brutal foi sequestrado e trazido para trabalho escravo em terras brasileiras. Com sua cultura ignorada, deturpada e marginalizada, se viam obrigados a se batizarem na igreja católica. Enquanto