diabetes
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Fleury Medicina e Saúde Edição: 2012 - Edição Nº 6
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No diagnóstico do diabetes, a recomendação é apertar o cerco às gestantes
Devido ao aumento do sedentarismo e da obesidade na população, o rastreamento deve ser mais precoce em grávidas com fatores de risco.
Em janeiro de 2012, a American Diabetes Association (ADA) oficializou uma nova recomendação para que o rastreamento de diabetes mellitus (DM) na gestação seja mais precoce.
Por muitos anos, o diabetes gestacional (DMG) foi definido como qualquer grau de alteração da glicemia detectado durante a gravidez. Usualmente, essa alteração glicêmica ocorre na segunda metade do período gestacional, quando o nível de hormônios da placenta considerados “diabetogênicos” se eleva. Por isso, até pouco tempo atrás, o rastreamento de DM só era feito a partir da 24ª semana de gestação.
No entanto, com o recrudescimento da obesidade e do sedentarismo na população, associado à maior idade materna ao engravidar, o número de mulheres com diabetes já na primeira metade da gravidez aumentou consideravelmente. Assim, a elevação precoce da glicemia entre gestantes é bem mais frequente do que se pensava.
Estudos recentes demonstram que a detecção e o tratamento da hiperglicemia no início da gestação podem prevenir complicações fetais como alto peso ao nascimento, distocias de ombro e hipoglicemia neonatal. Daí por que seus resultados são taxativos: mulheres que engravidam e têm fatores de risco para DM devem ser submetidas à investigação da doença já na primeira consulta pré-natal.
Caso o rastreamento seja negativo, precisam realizar o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) entre a 24ª e a 28ª semana de gestação, assim como as demais gestantes, sem fatores de risco, já o fazem. O teste consiste na dosagem da glicemia basal e aos 60 e 120 minutos após a ingestão de 75 g de glicose oral.
A presença de um valor alterado nesse período gestacional indica o diagnóstico de DMG. Nessas