Deus

domingo, 10 de junho de 2007
Deus e o Trabalho

"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam" (Salmos 127:1)

Me entristece profundamente ver como as pessoas se contentam com a mediocridade e a rotina, em seu dia-a-dia. Viajar num metrô em uma cidade grande pode se transformar em uma experiência assustadora e patética, se prestarmos atenção ao rosto da maioria das pessoas.

São vidas, em sua maioria, perdidas em uma luta contínua pela sobrevivência, em meio a um emaranhado de dívidas, problemas de relacionamento, problemas familiares, enfermidades e uma infinidade de outras mazelas.

O trabalho, para estas pessoas, é um mal necessário, no qual poucos encontram prazer. O trabalho suga a maior parte de suas energias, sobretudo emocionais, transformando-as em meros instrumentos de um modelo empresarial voltado para a concretização de complexos ou confusos planos estratégicos de negócios. Se o trabalho no passado era fisicamente estafante e insalubre, hoje é emocionalmente estressante e mentalmente estupidificante.

Deus não criou a rotina, pelo contrário. Tudo na obra da criação é profundamente variado. Não existem dois seres absolutamente idênticos. A natureza é altamente diversificada, tanto em forma quanto em conteúdo e funcionalidade. Entretanto, essa diversidade não é gratuita, pois tudo na natureza tem um propósito especifico. Se observarmos uma árvore, vemos a imensa diversidade de cada uma das partes que a compõem, e a forma perfeita com que se integram biologicamente ao todo, com harmonia e beleza, constituindo uma entidade única, que cumpre sem traumas o seu papel na natureza.

Entretanto, falta à maioria das pessoas hoje a capacidade de observar uma árvore e perceber a riqueza de significados que ela ostenta, a beleza de detalhes, a perfeição construtiva e conceitual e, ao mesmo tempo, a simplicidade de todo o conjunto. As pessoas não tem mais tempo para isto e mesmo que tivessem, perderam a capacidade de se encantar