DESVALORIZACAO DO EURO
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Desde 2008, o mundo todo tem sentido os efeitos da crise econômica que atingiu, especialmente, os mercados norte-americanos e europeus, por meio de uma onda de desvalorização cambial. Segundo especialistas, o processo surgiu com medidas de recuperação econômica adotadas por diversos países. "A desvalorização da moeda é uma forma de incentivo temporário, aumentando a oferta da moeda internamente e fazendo com que ela se desvalorize", explica Nathan Blanche, sócio da Tendência Consultoria.Dessa forma, nos países europeus, houve uma injeção de liquidez interna junto com a tentativa de desvalorização da moeda, aumentando também a demanda do consumo. "Quando ocorre a desvalorização da moeda, é uma tentativa de aumentar a competitividade, e por isso há uma maior emissão da mesma. As economias mundiais estão querendo se recuperar, tentando desvalorizar as suas moedas, principalmente em relação ao dólar. Assim, após a crise, houve realmente uma valorização do dólar frente ao euro", destaca o economista.
Contudo, apesar de ser uma tentativa de estabilizar a economia, a desvalorização cambial não consegue ser totalmente controlada pelos governos. "Logo após a crise, o euro se valorizou muito, chegando a U$S 1,45, e, depois, com a acentuação da crise, se desvalorizou. A verdade é que os governos têm pouco controle sobre a taxa de câmbio: eles tomam determinadas medidas em função do que ocorre no mercado", ressalta o coordenador do Centro de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV, Armando Castelar.
Por outro lado, em países como a China, onde o governo controla diretamente as taxas de câmbio, há uma política interna de aumento das exportações e compra maciça de moedas estrangeiras. "Em médio prazo, a única maneira que a China tem de recuperar o PIB é aumentar o consumo interno e valorizar a sua moeda. Mas apesar de haver espaço para apreciação do yuan, já que o país consome apenas cerca de 35% de seu PIB, contra mais de 70% dos Estados Unidos,