Desmatamento
O desmatamento da Amazônia no período entre 2009 e 2010, medido pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), pode ser o menor desde que a região passou a ser monitorada, em 1977.
O número oficial apurado pelo sistema Prodes será divulgado apenas em novembro, mas o Ministério do Meio Ambiente acredita que a área destruída ficará entre 5.000 km² e 6.000 km² no período.
Se a projeção se confirmar, o Brasil terá antecipado a meta de desmatamento prevista para 2015. O recorde anterior foi registrado entre 2008 e 2009, quando foram derrubados 7.400 km² da floresta.
A estimativa do resultado foi feita com informações do Deter, outro sistema também ligado ao Inpe, mas menos preciso.
Incêndios ameaçam Cerrado
Apesar do bom resultado na Amazônia, o Cerrado brasileiro perdeu 50% da área, de acordo com o IBGE, principalmente por conta do aumento das queimadas.
Foram 8.113 focos até setembro, 386% a mais que em 2009. O tempo seco e ações criminosas são apontados como as causas por ambientalistas.
Cerrado vai sumir em 2030, indica ONG
Queimadas, crescimento e expansão da fronteira agrícola ameaçam bioma, segundo a Conservação Internacional.
Dos 204 milhões de hectares originais de Cerrado, 57% já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes está bastante alterada, podendo não mais servir à conservação da biodiversidade. Só esse número já revela tamanho o poder do homem sobre a natureza nesse último século. Responsável pela expansão da fronteira agrícola, pelas queimadas e pelo crescimento não planejado das áreas urbanas, estamos vivendo um reflexo do que desmatamos no passado.
Estudos da ONG ambientalista Conservação Internacional Brasil (CI-Brasil) indicam que o Cerrado deverá desaparecer até 2030. Informações apontam ainda que a taxa anual de desmatamento no bioma é alarmante, chegando a 1,5%, ou 3 milhões de ha/ano. Entre as regiões mais afetadas da degradação estão