Desiquilibrios regionais em Portugal
Os desequilíbrios regionais no território português
Causas dos desequilíbrios regionais
Até à Idade Média, a população portuguesa vivia numa sociedade voltada para o campo e protegida por muralhas.
Na época dos Descobrimentos, a população afluiu a Lisboa, onde era necessária mão-de-obra para a indústria náutica, para o comércio e para servir a corte. Desde essa altura, Lisboa passou a ser muito mais povoada do que qualquer cidade no país. Com o absolutismo, o poder tornou-se mais centralizado nas mãos do monarca e todo o aparelho do Estado foi montado à sua volta, em Lisboa, consolidando o centralismo da cidade.
A partir da segunda metade do século XIX, a industrialização cativou muita mão de obra da agricultura, que era cada vez menos rentável. Cidades como o Porto, Viana do Castelo e
Setúbal ganharam uma nova importância económica enquanto centros industriais, atraindo mais gente para trabalhar, pois era a estes portos que chegava a matéria-prima e a partir de onde eram escoados os produtos manufaturados.
Mas foi sobretudo a partir da década de 1960 que se deu um grande êxodo rural rumo a
Lisboa e às cidades do litoral e que se registou uma forte vaga de emigração, esvaziando-se progressivamente o interior do país. Os portugueses abandonaram as regiões do interior para procurar emprego, criar riqueza e dar sustento à família. O acesso a equipamentos básicos próximos (escolas, hospitais, comércio, transportes, etc.) também constituiu um fator determinante na fixação de pessoas nos grandes centros urbanos do litoral. Estes equipamentos surgiram porque havia mais população e o facto de eles existirem leva mais população aos centros urbanos.
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