desenvolvimento economico
De acordo com Mota (1995, p.176) os processos contraditórios de atualização desses princípios educativos na luta pela hegemonia na sociedade brasileira incidem sobre a prática profissional dos assistentes sociais, inflexionando sua função pedagógica, considerando sua vinculação aos distintos processos de organização/reorganização da cultura pelas classes sociais. Assim, as implicações das transformações sociais no campo profissional do serviço social nos anos 90, particularmente as objetivas no redimensionamento da função pedagógica na prática profissional refletem fundamentalmente as mediações estabelecidas entre o modo peculiar como essas transformações se processam no mencionado contexto, as quais reconfiguram, dentre os aspectos: as manifestações particulares da questão social, o novo perfil do mercado profissional de trabalho, as demandas e necessidades sociais; as condições profissionais na construção de respostas ás mesmas em determinada direção. Essas mediações redesenham e reconecta a prática profissional no movimento social mais amplo. Assim, a requisição dos assistentes sociais para atuar em experiências que integram o chamado terceiro setor, isto é, em práticas assistenciais e de outras naturezas, desenvolvidas por instituições filantrópicas, caritativas, ONGS, e outras organizações da sociedade civil, financiadas quase em sua totalidade com repasses do fundo público, tende a recolocar a intervenção profissional a partir da focalização das necessidades na esfera individual em detrimento da universalização dos direitos. Da mesma forma, sob essa perspectiva, é apontada a subsunção da referida intervenção ás exigências do envolvimento produtivo do usuário como condições para o acesso aos atendimentos sociais, ainda que, contraditoriamente, o discurso oficial seja o do respeito ao princípio da universalização dos serviços. Tais indicações são reveladoras de uma predominância de saídas