Desenvolvimento do controle tecnológico de concreto para obras de pequeno porte na cidade de Passo Fundo - RS
Nessas obras, nem sempre os materiais que compõem o concreto ficam estocados corretamente e a rotatividade e diversidade de materiais e da mão-de-obra é grande, fazendo com que a resistência do concreto varie de uma mistura para outra, podendo alcançar valores de resistência abaixo do necessário para a peça em que está sendo utilizado. Para um concreto confeccionado em obra, recomenda-se que o agregado utilizado não seja armazenado em local exposto diretamente ao sol ou outra fonte de calor, pois o uso de agregado quente pode alterar a qualidade do concreto. Isso ocorre porque a reação de hidratação do cimento, responsável pelo ganho de resistência da mistura, é uma reação exotérmica, e o uso de agregados com temperatura elevada pode influenciar o aparecimento de fissuras e consequente queda de resistência e estanqueidade do concreto. Além disso, em muitas obras, não são utilizadas medidas precisas para dosar o material que é colocado na betoneira, de forma que, cada vez que é realizada uma mistura, ocorre uma alteração no traço do concreto, o que também influencia diretamente a resistência do mesmo.
A falta de controle e cuidado com materiais e procedimentos faz com que o responsável pela estrutura majore o valor da carga a qual a estrutura será submetida para compensar a falta de conhecimento da resistência real do concreto, gerando um maior consumo de cimento e aço e um aumento no custo final da estrutura. Além disso, essa situação agrava ainda mais o cenário da construção civil como geradora de resíduos e atividade que contribui para o lançamento de poluentes no ambiente, visto que o processo produtivo do cimento é um dos que mais emite gases tóxicos na atmosfera.
Frente ao que foi exposto, este projeto visa proporcionar uma alternativa para que responsáveis técnicos de obras