Desenvolvimento Do Artigo
Alyce Helora de O. Condé
RESUMO
A filosofia Heideggeriana nos incita refletir entorno da questão do ser, que gira em desvendar qual é o sentido do ser. Heidegger postula que ao examinar o Dasein – o ser-aí – é possível aclarar sobre o que é o ser. A estrutura do Dasein possui variadas características essenciais, uma delas denominada ser-para-a-morte, que se entrelaça com suas discussões sobre o tempo e existência.
O presente artigo nasce a partir de uma tentativa de articular elementos provenientes de um caso clínico com a questão da temporalidade, assim sendo, através de uma pesquisa bibliográfica de livros, sobre a filosofia Heideggeriana, foi possível realizar uma revisão bibliográfica e relaciona-la com os dados do caso clínico.
Palavras-chaves: tempo; temporalidade; dasein; ser; filosofia; existência; ser-para-a-morte.
No final de um atendimento psicoterápico, minha cliente Marta levanta-se subitamente e atônita exclama: “o tempo passa muito rápido durante as sessões!”. Com esta afirmativa ela expressa a sua sensação em relação ao tempo que transcorre durante os atendimentos. De acordo com Forghieri (1997) vivenciamos o nosso existir através de um fluxo contínuo que se altera em velocidade e intensidade conforme o nosso sentimento de agrado ou desagrado, isto quer dizer que os momentos vividos com sintonia e contentamento podem nos dar a impressão de passarem rapidamente, e os vividos com preocupação ou tédio podem nos dá a sensação de estarem passando vagarosamente. É certo que estas alterações ocorrem somente em nosso temporalizar, uma vez que não interfere no tempo marcado pelo relógio, que por sua vez mantem sempre a mesma duração. É difícil encontrar alguém que nunca tenha passado por uma experiência assim, pois o sentimento de temporalidade é comum a todos.
Considerando o que foi mencionado acima é possível refletir de forma mais aprofundada sobre a passagem do