Desemprego jovem
Um dos mais graves problemas sociais existentes da União Europeia é o desemprego da população jovem. Parece inconcebível mas a dura realidade é que com a exceção do Médio Oriente e de grande parte da África, somos o território onde mais jovens se deparam desempregados e maior é o número dos jovens “nem nem”, que não estudam nem trabalham.
Longe vai a utopia dos anos sessenta quando o emprego era dado como uma meta realista mas, infelizmente, fruto dos acontecimentos incontroláveis que o desenvolvimento das sociedades vai gerando mas também muito por desleixo de quem tinha obrigação de olhar para o futuro com mais cautela e capacidade de previsão, todos os países da União Europeia estão confrontados com problemas idênticos, as respetivas economias não conseguem originar um número suficiente de empregos para abrir perspetivas profissionais a todos os jovens.
A situação em Portugal é conhecida, 38% dos jovens estão desempregados, 14% fazem parte da geração dos “nem-nem”, mais de 50% não acreditam que os estudos secundários contribuam para aumentar as expectativas de virem a ter emprego e 30% das vagas disponibilizadas pelos empresários não são ocupadas por ausência de candidatos com as aptidões necessárias.
Há aqui matéria abundante para reflexão e, sobretudo, para agir rápido e direto ao objetivo. É elementar adaptar melhor a formação às carências do mundo do trabalho e aperfeiçoar a informação sobre o potencial dos estudos como passaporte para o emprego. Mas há outra coisa muito necessária, quem trabalha com jovens estudantes sabe que uma das principais dificuldades a resolver é incutir-lhes atitudes profissionais, valores básicos indispensáveis para os preparar para virem a obter um posto de trabalho, competências pessoais, comunicacionais e sociais que, para além das técnico-práticas, são fundamentais para conseguirem inserir-se na vida ativa.
O período de formação goste-se ou não, é uma corrida de fundo em que só