descriminação racial

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O cientificismo alimentou ferozmente a escravização africana, fornecendo teorias valorativas que “explicavam” suposta superioridade ariana. No Brasil essas formulações foram reiteradas por diversos intelectuais da elite brasileira do século XIX. Hoje o Brasil, bem como os outros países da América, já puseram fim, pelo menos oficialmente, à escravidão imposta há tempos atrás. Mas até que ponto é possível considerar o Brasil um país livre? Como explicar a exclusão socioeconômica da maioria da população negra no país?
O Brasil, constitucionalmente, é pautado nos princípios da igualdade; no entanto, os dados dos institutos de pesquisa e os meios de comunicação dão conta das disparidades entre negros e não negros em diversos setores da sociedade e, sobretudo, no que diz respeito ao mercado de trabalho.
Apesar da evidencia histórica sobre a fragilidade da igualdade racial no país há ainda quem afirme que o Brasil não pode ser considerado um país racista, justo porque não há “evidências” de formação de grupos declaradamente radical, e que um país só é racista se houver grupos racistas. Notoriamente não há como dissociar a questão racial das questões que envolvem saúde, emprego, formação escolar, violência, seguridade social entre tantas outras coisas, posto que a estes setores configuram o perfil da sociedade brasileira.
Todo o debate a cerca da discriminação racial e o racismo no Brasil e no mundo tem propiciado evidentes avanços para que alcancemos a real democracia no sentindo mais amplo da palavra. A sociedade brasileira caminha na busca de conhecer o passado, ler o que não foi escrito pela história oficial, rever o que foi dito pelas academiais, entender a diáspora para redistribuir não só as vagas nas universidades, não só o mercado de trabalho, não só o respeito à diversidade religiosa, não só os dados estatísticos, mas sobretudo, para construirmos uma sociedade em que os atos de intolerância não façam parte do futuro das novas gerações brasileiras. Nós

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