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INTRODUÇÃO E RAÍZES
DE SUAS IDÉIAS
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Por volta do final do século XVI a filosofia estagnara. Foi Descartes quem lhe deu novo impulso.
A filosofia teve início no século VI a.C. na Grécia antiga, e dois séculos mais tarde ingressou num período áureo com o advento de Sócrates, seguido por
Platão e Aristóteles. Depois disso, por cerca de dois mil anos, nada aconteceu.
Nada de original, pelo menos.
Naturalmente, muitos filósofos ilustres surgiram durante esse período. No século III, o alexandrino Plotino sofisticou a filosofia de Platão, criando, nesse processo, o neoplatonismo. Santo Agostinho de Hipona, posteriormente, aperfeiçoou o neoplatonismo até que ele se tornasse aceitável pela teologia cristã.
O sábio islâmico Averróis desenvolveu certas partes da filosofia de Aristóteles, enquanto Tomás de Aquino tornou-as aceitáveis para a teologia cristã. Essas quatro figuras díspares promoveram o progresso da filosofia, mas nenhuma delas produziu uma filosofia própria totalmente nova. Seu trabalho foi, em essência, de exegese, comentário e elaboração das filosofias de Platão e Aristóteles. Dessa forma, esses dois filósofos pagãos (e suas filosofias pagãs) tornaram-se pilares da
Igreja cristã. Essa artimanha de exorcismo intelectual foi o principal fundamento da escolástica, nome conferido à atividade filosófica durante a Idade Média. A escolástica era a