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O jornalista do SBT Santa Catarina, Luiz Carlos Prates, criou polêmica mais uma vez nesta semana, por conta de seus comentários considerados preconceituosos.
No telejornal “SBT Meio Dia”, Prates falou sobre o co-piloto Andreas Lubitz, que derrubou um avião de propósito na França e matou 150 pessoas. O rapaz sofria de depressão e escondeu isso da empresa área.
Usando este caso, que é de fato uma exceção, o jornalista falou sobre depressão e acabou sendo desrespeitoso. Disse que pessoas depressivas são “covardes existenciais” e que deviam ser “execrados” e “desprezados”.
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) emitiu nota na última quinta (2), repudiando categoricamente as declarações de Prates no SBT. O Presidente da Associação, Antônio Geraldo da Silva, provocou um dano inestimável ao tratar o depressivo de maneira tão tosca e incentivar o desprezo à ele.
Veja o comunicado:
“Ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT)
A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) considera desrespeitosas e irresponsáveis as declarações sobre depressão do apresentador do SBT Luiz Carlos Prates. O apresentador, demonstrando total intolerância, desconhecimento e ignorância no assunto, afirma, entre outros absurdos, que o depressivo é um “covarde existencial”. Porém, para 46 milhões de brasileiros, a depressão é uma realidade. Segundo o Ministério da Saúde, 20% a 25% da população têm, teve ou terá depressão ao longo da vida. O transtorno atinge o físico, o humor, o pensamento e até a forma como a pessoa vê e sente o mundo ao seu redor. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão ocupa o segundo lugar entre as doenças que causam incapacidade profissional e a projeção é de que até 2020 ela esteja no topo da lista. O desinteresse pelo trabalho e pelas atividades sociais rotineiras, além da falta de prazer nas coisas que gosta e com as pessoas que ama, transforma drasticamente