DEPARTAMENTO PESSOA DA UFPE
Mas o que eu queria mesmo comentar é que, com o tempo, fui mudando (o que era esperado) minha relação com a tal profissão de professor. Explico. É que, no começo, minha preocupação era só uma: passar conhecimento para meus alunos, fazer com que eles aprendessem conceitos, soubessem de fatos, de relações entre fenômenos físicos e históricos. Com o tempo, fui me dando conta de que isso não estava errado, mas era insuficiente.
Foi quando mudei meu propósito. Em vez de ensinar a matéria, comecei a estimular meu aluno a aprender. “Eles precisam aprender a aprender”, dizia eu para meus colegas professores. “Assim eles vão ganhar autonomia e levar pela vida o gosto e a capacidade de aprender.” Foi uma evolução, penso eu. Mas não parei de questionar o verdadeiro papel de um professor. Novas fases vieram.
A próxima foi a do pensamento crítico. Eu desejava fortemente que meus alunos usassem aqueles temas sobre os quais falávamos em sala de aula para melhorar sua capacidade de pensar, de fazer julgamentos, de entender os fatos ao seu redor, de se responsabilizar pelas escolhas e pela construção de seu próprio futuro. Foi bacana essa evolução. Ainda tenho uma forte conexão com essa