DENGUE

O médico Pedro Luiz Tauil, que fez seu doutorado em Medicina Tropical pela UnB (Universidade de Brasília), em seu artigo cientifico “Aspectos críticos do controle do dengue no Brasil”, pontua considerações pertinentes ao projeto a ser desenvolvido. Ele acentua que cerca de 2,5 bilhões de pessoas encontram-se sob risco de se infectarem, particularmente em países tropicais onde a temperatura e a umidade favorecem a proliferação do mosquito vetor, o Aedes aegypti.
Ele disserta que um dos fatores que influencia a alta proliferação da Dengue no Brasil, é a atual desigualdade existente na sociedade. Um contingente de indivíduos vivem em favelas, invasões, mocambos ou cortiços, onde, quando existem, o abastecimento de água e a coleta de dejetos, são irregulares. Perdro Tuail afirma que a necessidade de armazenar água para consumo em tonéis é um fator que favorece a proliferação do mosquito vetor.
Além disso, o sistema capitalista tem contribuído para isto, segundo o autor, o processo industrial moderno, de embalagens descartáveis, contribui para a multiplicação dos mosquitos quando estas embalagens, de plástico, alumínio, vidro ou isopor, não são adequadamente recolhidas após sua utilização. O aumento da produção de veículos automotores contribuiu igualmente para a multiplicação do vetor, na medida em que aumenta o número de pneus usados dispostos inadequadamente no meio ambiente, comportando-se como recipientes prioritários para a postura de ovos pelos mosquitos. No Brasil, segundo dados da Fundação Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde, em 2001, houve o registro de 675 casos de forma hemorrágica do dengue e 29 óbitos, um coeficiente de alta letalidade, de 4,3%.
Desta maneira, o artigo saliente que a abordagem do assunto pelos meios de comunicação e pelas escolas, deve buscar justamente a mudança das práticas habituais facilitadoras da proliferação do A. aegypti. Propõe que a informação é o ponto de partida para desencadear ações de controle. Portanto, tal