Dengue

INTRODUÇÃO
A dengue é considerada a maior arbovirose humana (um arbovírus é um vírus que é essencialmente transmitido por artrópodes, como os mosquitos) e devido ao elevado número de casos e por isso é considerada um grande problema de saúde pública. É transmitida principalmente por meio da picada do mosquito hematófagos fêmeas Aedes aegypti. É uma doença sazonal, sendo disseminada em todas as regiões tropicais e subtropicais do planeta, ocorrendo com maior frequência em períodos quentes e de alta umidade, já que tais condições favorecem a proliferação do mosquito transmissor.

EPIDEMIOLOGIA
No Brasil, a primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente ocorreu entre 1981-1982 em Boa Vista, Roraima. Em 2002 ocorreu uma das maiores incidências da doença no Brasil, com quase 700.000 casos notificados. Depois disso, houve diminuição significativa do número de casos da doença, voltando a aumentar em 2005. Em 2010, até o início do mês de julho, foram detectados 789.055 casos suspeitos de dengue no país. Em 2013 foram notificado 204.650 casos, sendo 324 graves com 33 óbitos. E em 2014 foram registrados 688.287 casos de dengue no país até julho, sendo que a região sudeste foi a que teve mais casos. (Secretaria de Vigilância em Saúde, 2014)

VIROLOGIA
O vírus da dengue pertence ao gênero Flavivirus e à família Flaviviridae. É um vírus RNA, de filamento único, envelopado (icosaédrico) e que possui quatro sorotipos: DEN-1(terceira forma mais grave),DEN-2 (segunda forma mais grave), DEN-3 (causa formas mais graves da moléstia) e DEN-4 (quarta forma mais grave). A virulência é diretamente proporcional à intensidade com que o vírus se multiplica no corpo, sendo que o tipo 1 causa grandes epidemias em curto prazo e alcança milhares de pessoas rapidamente. A proteção cruzada entre eles é apenas transitória, de forma que uma mesma pessoa pode apresentar a doença até quatro vezes ao longo da sua vida. (Vieira, 2014)

FISIOPATOLOGIA E ASPECTOS CLÍNICOS DA DENGUE
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