Democracia
Neste exato momento estou aprofundando meu conhecimento neste novo e interessante conceito que é o de Democracia Deliberativa. Para aqueles que desejam partir de algum ponto de referência, sugiro uma olhada no Wikipedia (ver aqui).
Confesso que estou abismado com a distância que estou encontrando entre, de um lado, os trabalhos (teóricos e práticos) que estão sendo desenvolvidos no mundo acerca deste conceito, e de sua vinculação com os novos movimentos sociais que estão ocorrendo no mundo contemporâneo (movimentos ecológicos, ongs, levantes populares, organizações pacifistas, feministas, de defesa de animais, de paz, etc), e de outro, aqueles em andamento no Brasil. Mas isto não deve ser entendido como um problema, e sim uma oportunidade para a expansão deste inovador conceito na nossa ainda frágil democracia brasileira.
Procurando o conceito nos domínios dos trabalhos acadêmicos e profissionais brasileiros, encontrei inicialmente uma referência de 2001, na Revista Brasileira de Ciências Sociais, que foi feita pelo Prof. Luis Felipe Miguel, do Depto. de Ciência Política da Universidade de Brasília-UNB, intitulada “Promessas e limites da democracia deliberativa“. O texto é apenas um “book review” (uma crítica literária) do livro “Deliberative democracy and beyond: liberals, critics, contestations” , de John S. Dryzek, editado pela Oxford University Press, no ano 2000. Confesso que considerei a crítica um tanto quanto ácida !
Prosseguindo a investigação, descobri numa varredura rápida de alguns textos dispersos, uma interessante tese de doutorado da Profa. Ligia Helena Hahn Luchmann, da Universidade Federal de Santa Catarina, intitulada “Possibilidades e limites da democracia deliberativa: a experiência do Orçamento Participativo de Porto Alegre”, cujo primeiro capítulo (publicado em 2002) pode ser encontrado aqui.
Dado o seu caráter de tese de doutorado, é um texto que se destaca fortemente dos demais que andei