Defeitos De Argumenta O 1 E 2 2
A escrita é uma das modalidades de linguagem com características típicas e diferentes, como por exemplo, da modalidade oral. Uma de suas diferenças entre a conversação e a escrita é que o interlocutor não pode intervir no momento da produção lingüística e solicitar explicações sobre aquilo que está sendo falado.
Na escrita tudo deve ser dito com muita clareza para que o leitor possa ter uma fácil compreensão do que se quer dizer. Em casos raros ninguém escreve para si mesmo, mas para um interlocutor com a intenção definida de conquistar e de obter sua adesão prática, intelectual ou afetiva. Então dizemos que na escrita em que o interlocutor está ausente e não pode fazer interrupções para obter mais esclarecimentos, o texto escrito deve mais autônomo não só no que diz respeito à clareza e à quantidade de informações necessárias, mas como no que toca aos procedimentos argumentativos.
Para falar de alguns defeitos, temos como base estudos elaborados por pesquisadores que em teses universitárias se ocuparam desse tema analisando redações dos candidatos ao curso superior elaboradas nos exames vestibulares. Partindo dessa análise das redações eles detectaram vários defeitos de argumentação. Vamos ver a seguir:
1) Emprego de noções confusas Para entender esse tipo de defeito argumentativo é necessário considerar que existem palavras com vários significados. Não sendo palavras de sentido especializa- do, ocorrem nos mais variados contextos, cobrindo noções díspares e até contraditórias. Estamos falando de palavras que para não prejudicar a argumentação devem vir previamente definidas, porque se não podem servir de argumento para um ponto de vista e para o seu contrário. Vamos ver a seguir um exemplo claro que o mundo contemporâneo tem feito da palavra liberdade:
— Reagan, em defesa da liberdade dos povos latino-americanos, solicita ao Congresso americano verbas para apoiar os movimentos contrários ao governo da Nicarágua;
— Daniel Ortega,