Da Crise Ao Milagre 1

Colegiado de Administração/Graduação em Administração
Disciplina de Economia Brasileira

Da crise ao milagre

A realidade econômica depois do plano de metas foi caótica para o processo de industrialização, com crescimentos cada vez menores e até mesmo negativos. Diante da situação econômica daquele momento podemos afirmar que o golpe militar e o remédio econômico implantado por eles foram necessário para que nossa economia retornasse ao eixo central de crescimento? As suas idéias de como interpretar a inflação como mal inevitável para o crescimento acelerado do desenvolvimento brasileiro, enxergando que a sua extinção era impossível, e sim que deveríamos perceber os seus impactos, buscando compreender e ao mesmo entender como conviver com ela.
Sabemos que para algo dar certo é necessário que seja planejado, ou que o tempo seja capaz de validá-lo durante todas as etapas necessárias para obtenção de um resultado final. Para que alcançássemos o tal milagre econômico a partir de 1968, foi necessário ultrapassar várias etapas que culminaram em situações adversas até chegar a posição de aclive da economia. Primeiro a mudança de foco da economia agroexportadora para o início de um processo industrial alavancado pela crise de 1929. Logo após, vieram os investimentos em infra-estrutura nos governos de Vargas e de JK, que também tiveram seus impactos negativos, já que ampliaram circunstancialmente nossa dívida externa. Em seguida incidiu o golpe militar com a criação do PAEG (Plano de Ação Econômica do Governo) que buscava essencialmente acelerar o desenvolvimento econômico, conter a inflação, atenuar os desequilíbrios setoriais e regionais, aumentar o investimento e nível de empregos, e corrigir as tendências ao desequilíbrio externo.
Diante da real situação vivenciada naquele momento o autoritarismo militar tornou-se uma condição relevante para a implantação de medidas de superação da crise econômica, através de suas reformas institucionais, e de seu modelo de