Da Antiga Babilônia aos Caldeus
Achados arqueológicos apontam para a existência da Babilônia a mais de cinco mil anos. Historiadores afirmam que ela seja um dos berços das civilizações. Na bíblia, a Babel, um grande zigurate situado na cidade, virou uma referência de decadência, insensibilidade e prepotência política. Por outro lado, autores gregos, como Heródoto, adotaram uma visão muito diferente a respeito da civilização babilônica. Suas narrativas sobre os edifícios, costumes e tradições tinham um interesse quase que etnológico. Classificaram, sem nem mesmo terem visto, os “Jardins Suspensos da Babilônia” como uma das Sete Maravilhas do Mundo.
A dominação da cidade
Os esforços de Nabucodonosor I em expandir o Império Babilônico foram arruinados pelos assírios. O que resultou na queda de várias cidades, inclusive da própria Babilônia.
CITAÇÃO
“As relações com a Assíria permanecem tensas, apesar de períodos de cooperação (como durante o reinado de Assur-bel-kala). Com a expansão do estado do norte no século IX, Babilônia perdeu sua independência para o seu mais poderoso inimigo, que foi rápido em reprimir quaisquer sinais de resistência e rebelião. A mais drástica retaliação a uma tentativa de independência foi a campanha de Senaqueribe contra Marduk-apla-idnia II, a qual culminou no saque de Babilônia em 689. As incursões de tribos semíticas ocidentais, como os arameus no norte e os caldeus no sul , também causaram impacto.”(Leick, 2003, p.275)
Os caldeus tornaram-se muito poderosos e tiveram um papel decisivo na luta babilônica pela independência. Apesar de que os assírios eram politicamente dominantes, relutavam em tratar a Babilônia como um vassalo ou província dependente. Uma das táticas dos reis assírios para atrair as boas graças dos residentes das antigas cidades, era restaurar os templos. “A ideia era fomentar a solidariedade das elites urbanas com a causa assíria contra os incômodos grupos tribais nas áreas rurais.” O povo babilônico,