césio 137 e Chernobyl
Área do trabalho:
EC
CÉSIO-137, CINEMA E EDUCAÇÃO CIENTÍFICA.
Taciana Valéria de Almeida Vieira (IC)*, Murilo Cruz Leal (PQ) tacivaleria@viareal.com.br* Palavras Chave: cinema, educação científica, acidente de Goiânia.
RESUMO:
O cinema pode ser utilizado como elemento educativo na medida em que favorece a identificação dos alunos, relacionando a escola às culturas erudita e cotidiana mais ampla. A concepção de ciência e seu funcionamento na prática sociocultural são aspectos mais particulares que podem ser abordados através de filmes, que contribuem para a formação ou a problematização de estereótipos de ciência e tecnologia que se constituem como referências comuns para grande parte da sociedade. Nesse trabalho, buscamos evidenciar o potencial do filme “Césio 137 Pesadelo de Goiânia” para a discussão de radioatividade, isótopos e a relação entre ciência e sociedade. O uso deste e de outros filmes em aulas de química, pode também abrir espaço para discussões sobre ética, conflitos de interesses e opiniões relacionados à ciência em geral, que, em nossa compreensão, devem ter lugar na educação científica escolar.
1. A UTILIZAÇÃO DO CINEMA NA EDUCAÇÃO ESCOLAR
O cinema é o campo no qual a estética, o lazer, as ideologias e os valores sociais são sintetizados em uma mesma obra de arte.[1]
Se em nossa cultura, a ciência se tornou a principal referência de conhecimento verdadeiro, as imagens em movimento, que começaram com o cinematógrafo, são um dos mais importantes veículos de comunicação e de formação cultural.[2]
O cinema constituiu não apenas uma forma de lazer podendo ser também utilizado como elemento educativo na medida em que a linguagem cinematográfica tem como principio favorecer a identificação do aluno, relacionando a escola à cultura cotidiana mais ampla. Porém, é preciso que a escola vá além das experiências cotidianas, propondo leituras mais ambiciosas além de puro