cursando faculdade

Minha infância
A vida não era fácil, vivíamos em uma casa alta de chão com paredes de estuque (paredes marradas com bambu e cheios de barro) e por dentro da divididos com tábuas, mas não tínhamos banheiro dentro de casa, ele ficava do lado de fora a doze metros da casa, meu pai fez uma fossa e o banheiro de tomar banho também ficava do lado de fora. Meus irmãos e eu sempre dormimos em quartos separados e a mamãe colocava um pinico em cada quarto, de manhã era uma guerra para lavar os pinicos, ficávamos enrolando até minha mãe zangar-se e sobrava para mim.
Nesta época meu pai fazia compra de poucas coisas só víamos macarrão no natal, açúcar era só para fazer bolos e biscoitos, então plantávamos cana par fazer café, todos os dias era minha mãe e eu que iria cortar cana, enquanto minha mãe lavava o engenho eu pegava o burro que servia com “motor” amarrava ele no braço do engenho e eu tocava para moer a cana, e todos os dias era assim. Uma vez lembro que fui pegar o burro, levei uma banana verde que ele gostava e meu sobrinho foi junto, para piorar ele não gostava de criança, quanto o burro viu meu sobrinho e eu chegando ele disparou encima de nós querendo morder, corremos para cima de uma pedra o burro pegou de leve o ombro do meu sobrinho e demos muita sorte que meu pai viu e veio correndo, gritando, ele saiu correndo para o outro lado foi um susto muito grande.
No primeiro ano que fui para a escola.
Tinha muitas crianças, meus sobrinhos, primos, vizinhos e meus irmãos, eu era a mais nova e a pobreza era grande ninguém tinha mochila, todos usavam uma sacola de pano feita pela mãe ou uma sacola de açúcar (a embalagem plástica de cinco quilos). Mas o meu vizinho era muito invocado era o único que tinha mochila e ficava abusando dos outros. Meus irmãos mais velhos cansados de ouvi-lo falando da mochila e rindo das sacolas, decidiu que ia empurrar o menino na possa de lama, mas não podia fazer de qualquer jeito porque ia começar uma briga e mamãe iria zangar-se se