Cultura
O determinismo biológico tenta explicar a diversidade da cultura antropológica por meio da genética da variada etnologia existentes no planeta, o que não são poucas. Mas esse determinismo não é aceito pelos antropólogos, porque a diferença cultural não está no gene. O autor cita um exemplo interessante para mostrar esse determinismo biológico está equivocado, pois do mesmo jeito se pegarmos um recém nascido da Austrália e deixar sob os cuidados de uma família de vaqueiros do interior do Rio Grande do Norte, a criança não irá se diferenciar mentalmente dos outros familiares, ela estará mais acostumadas com as vacas do que com cangurus.
Diferente do determinismo biológico, o geográfico é aceito até certo ponto pelos antropologistas que apesar de ser teorias criadas por geógrafos renomados faz sentido. O conceito dessa teoria é que o meio físico irá determinar qual o tipo cultural existente, segundo os geógrafos. Mas antropólogos famosos citados no livro, como Boas, Wissler, Kroeber não aceitaram essa teoria dos geógrafos. O autor mostra exemplos convincentes da falha dessa teoria exemplificando dois povos que vivem em locais físicos praticamente iguais, mas não possuem a mesma cultura.
Agora Laraia cita Edward Tylor como criador do termo cultura (Culture em inglês), que provém da união entre religião e obras materiais de uma civilização basicamente. O famoso John Locke também é citado, porque ele fala do processo conhecido hoje por endoculturação, que consiste em determinar a cultura de um povo ou uma raça por meio da educação adquirida. Seguindo essa linha, Tylor definiu que a cultura é todo o comportamento aprendido. Kroeber termina o