Cultura | Um conceito antropológico
Laraia, Roque de Barros - Cultura: um conceito antropológico, 11.ed. — Rio de Janeiro: Jorge"Zahar Ed., 1997 |
A pretensão do texto é introduzir o leitor a cultura pela visão antropológico. Nela é discutido o dilema entre os seres vivos e a diversidade cultural dos humanos. O Autor inicia nos mostra os espantos de alguns homens ao lhe dar com uma cultura diferenciada da sua, ou a tentativa de não se espantar como foi feito por Montaige, afinal “na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra” (pág. 13). Cita, algumas tentativas de explicação das diferenças de costumes à partir da localização geografia dos povos. Nos apresenta vários exemplos mostrando que o determinismo biológico e geográfico não foram capazes de explicar o dilema.
Os antropólogos são contra a ideia de que a genética é determinante de tais diferenças. Afinal, segundo Felix Keesing “Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o início em situação conveniente de aprendizado.” (pág. 17). Logo após o nazismo especialistas redigiram uma declaração afirmando que os dados que possuíam sobre genética não confirmavam a teoria da diferenciação hereditária mas que o que explicava a diferenciação, antes de qualquer coisa era a história cultural. E declararam também que a capacidade cognitiva é quase a mesma em todas as etnias. Afirma que os humanos se diferenciam anatômica e fisiologicamente através do dimorfismo sexual, porém o comportamento de um menino e uma menina são diferentes por receberem uma educação diferentes. O determinismo geográfico considera que a geografia condiciona a diferença cultural. Foi desenvolvida no final do século XIX e no início do século XX. Porém, foi demonstrado que a geografia tem uma influência limitada sobre a cultura, e que em um mesmo ambiente físico podemos observar uma grande diversidade cultural. A moderna antropologia defende