Cultura Rastafari
“Os Rastafáris”
1.Origem
O Rastafarianismo nasceu nos anos 30, na Jamaica entre a classe trabalhadora e camponesa que era formada predominantemente por negros.
Quando Cristovão Colombo “descobriu” a Jamaica em 1494, a ilha era uma das mais povoadas das Antilhas; os índios Arawak foram os primeiros habitantes da ilha que se tem registro. Apesar de Colombo ter batizado o lugar com o nome de Santiago, o que acabou prevalecendo foi o nome dado pelos Arawak àquela ilha repleta de rios e cascatas: Xaimaca, que quer dizer Terra das Fontes.
Tudo começou com o episódio da revolta dos maroons (escravos de origem Africana), um quilombo bem sucedido, formado por escravos fugitivos que resistiram por mais de 80 anos ao exército inglês (pois a Jamaica era uma colônia britânica) e acabaram se se tornando independentes do governo colonial.
Um dos capítulos decisivos da origem do Rastafarismo é a trajetória de Marcus Garvey, um jamaicano descendente dos maroons, que se tornou famoso como líder do movimento negro nos EUA e na Jamaica, onde nasceu no início do século.
As idéias de Marcus (uma das suas iniciativas mais importantes promovidas foi à libertação de África do domínio colonial europeu) encontraram eco entre os líderes religiosos da Jamaica, o que juntamente deu origem ao aparecimento do conceito de Zion, a terra prometida, que seria a Etiópia (Sião) e todos os outros países do mundo ocidental são chamados de Babilônia, o lugar do exílio.
Mapa do continente Africano e a localização da Etiópia
Mais tarde surge o profeta anunciado por Marcus (na década de 1920 na Etiópia), o Ras Tafari Makonnen que adaptou o nome de Hailê Selassiê I ( que quer dizer “o poder da divina trindade”), que se proclamava o Imperador da dinastia Salomônica, Eleito de Deus, Rei dos Reis, Senhores dos Senhores, Leão Conquistador da Tribo de Judá, sendo o messias, que iria libertar os negros do mundo inteiro e levaria-os de volta à terra de seus pais.