Cuidados intra- hospitalar para ataque de serpente do gênero Bothrops.
O tratamento do acidente botrópico consiste em se internar o doente, colocá-lo em repouso e na posição de drenagem postural, para que ocorra a remissão mais rápida do edema. Para isso, deve-se mantê-lo em decúbito dorsal horizontal com o membro atingido elevado, de tal forma que permaneça acima do plano que tangencia o precórdio. Quando necessário, deve ser feito o tratamento local das lesões com banhos anti-sépticos, do tipo permanganato de potássio. Além disso, quando houver infecção secundária, indica-se a associação sulfametoxazol e trimetoprim (Bactrim F®), um comprimido a cada 12 horas pela via oral. O uso de antibióticos do tipo clindamicina (Dalacin C®) e/ou cloranfenicol (Quemicetina®) é indicado para os casos em que ocorre infecção por germes anaeróbios.
Quando ocorre evidente formação de abscesso, a drenagem cirúrgica está indicada, em geral associada à antibioticoterapia. A vacina antitetânica está indicada e o soro antitetânico deverá ser aplicado quando ocorrer acidente grave com extensas áreas necrosadas.
O tempo de coagulação tem sido usado como parâmetro de eficácia da dose de soro empregada. Se, após 12 horas do início do tratamento, o sangue do doente ainda estiver incoagulável, deve-se realizar soroterapia adicional na dose de 100 mg de antiveneno. As doses de soro preconizadas para os acidentes leve, moderado e grave são, respectivamente, de 100, 200 e 300 mg de soro antibotrópico. Para os casos considerados muito graves, podem-se utilizar 400 mg ou mais.
Devido a mudanças nas padronizações do soro produzido pelos institutos, atualmente tem-se preconizado quatro, oito e 12 ampolas de soro para os casos leves, moderados e graves, respectivamente. Quando não se dispuser do soro antibotrópico o tratamento pode ser feito com o antibotrópico-crotálico ou antibotrópico-laquético. A dose deve ser de acordo com a gravidade clínica.
Nos pacientes em que ocorrer perda de