Cubismo
Movimento artístico radical, irrompido em Paris entre os anos de 1907 e 1914, tendo por figuras centrais os pintores Pablo Picasso e Georges Braque. O nome cubismo encerra uma ilusão às obras da primeira fase do movimento, quando os objetos, nas telas, se representavam “cubificados”. A evolução do movimento divide-se em três etapas: cézanniana, analítica e sintética.
Fase cézanniana A primeira etapa (1907-09) começa com as grandes retrospectivas de Georges Seurat e Paul Cézanne, em Paris. Promovida em outubro de 1907 pela Société du Salon d`Automone, a exposição de cézanne pôs em evidência a preocupação dos últimos dez anos de vida do grande impressionista francês, para quem a natureza devia ser representada “a partir do cilindro, da esfera, do cone, tudo posto em perspectiva, de modo que cada lado de cada objeto, de cada plano, se dirija para um ponto central”. Não obstante a repercussão dessa posição estética de Cézanne, no que toca às origens do cubismo, o marco inicial do movimento está no quadro Les Demoiselles d`Avignon (As Donzelas de Avignon), pintado por Picasso em 1907, sem influêcia de Cézanne. O trabalho de Picasso agirá sobre Braque, em seu Nu (1907-08). Picasso, nas paisagens de Horta del Ebro, Espanha, denotará tentativa de seguir a direção apontada por Cézanne: todos os elementos de suas paisagens se transformam em cubos, em idêntico tratamento adotado por Braque, na mesma época, na série de paisagens de Estaque.
As telas pintadas por Braque em Estaque foram apresentadas por Apollinaire (autor de Pintores cubistas, teórico máximo do movimento e integrante do grupo do Bateau-Lavoir, fundado em 1908), em exposição realizada na galeria Kahnweiler, de 9 a 28 de novembro de 1908. A propósito dessa exposição, Matisse usou a expressão ´cubismo` para significar que, em suas telas, Braque transformava todas as coisas em cubos. Os primeiros compradores de obras cubistas de Picasso e Braque foram colecionadores russos. Os quadros adquiridos