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CULTURAL PARANAENSE
Autora: Juliana Regina Pereira
Orientador: Prof. Dr. Dennison de Oliveira
Palavras-chave: patrimônio industrial, cultura, erva mate
Constituído como área de interesse científico apenas recentemente, o campo que se convencionou chamar Arqueologia Industrial tem suas diretrizes metodológicas pautadas pela arqueologia, tecnologia e economia com o sentido de compreender historicamente o desenvolvimento industrial como motor da urbanização nas sociedades contemporâneas.
Deste modo, o patrimônio representado por instalações industriais, arquitetura, maquinário e mobiliário fabril passa, além de desempenhar função educacional em sentido museológico, a figurar ativamente enquanto representação de interações culturais entre técnica e sociedade numa perspectiva histórica dinâmica.
Elemento estruturante da construção urbana, a indústria pode ser percebida também como elemento simbólico no sentido de definir um senso de identidade, seja nacional ou regional, na forma de monumento do trabalho. O crescimento de sua representatividade social enquanto parte de um corpus patrimonial demonstra gradativa conscientização da importância de se compreender os processos evolutivos da tecnologia e transformação das atividades que predominam nas cidades, bem como sua ação sobre o espaço.
Sendo assim, para que possamos interpretar o legado da indústria sobre a modernidade e entendê-lo como parte fundamental do patrimônio cultural é preciso compreender a especificidade das marcas que definem o espaço e constroem o imaginário através de representações simbólicas – estruturas arquitetônicas e de maquinaria, como chaminés, fachadas em tijolos, telhados em shed e as gruas dos portos – havendo que se considerar também que este desenvolvimento toma lugar num contexto em que as transformações dos meios de produção e distribuição de mercadorias tendem a promover o afastamento das atividades fabris