Csn conselho nacional siderurgico
Mas por que esta foi uma decisão política? Um pouquinho da história...
Não se pode dizer que em 1930 não existissem usinas siderúrgicas no Brasil. Eram muitas as pequenas usinas. Embora com uma produção sempre crescente, elas não conseguiam atender à demanda, obrigando à importação de produtos siderúrgicos. Simplificando a questão, o Brasil exportava minério para poder importar trilhos para suas ferrovias.
A economia do país no momento em que Getúlio Vargas se instalou no governo, após a Revolução de 1930, estava marcada pelo impacto da depressão mundial causada pela crise de 1929. Tornou-se clara a vulnerabilidade da economia brasileira, por sua total dependência em relação ao mercado externo do café. A amplitude do choque alertou para a necessidade de adaptação à nova realidade internacional, mesmo se mantendo a defesa do café. Tudo indicava que o caminho era a industrialização.
Embora, no começo da década de 1930, ainda não se possa falar em uma política de industrialização consistente, é certo que então se inaugurou uma nova fase nas relações entre Estado e economia. Afastando-se progressivamente do liberalismo econômico, o Estado passou a atuar cada vez mais como regulador das diferentes atividades, e se esforçou para definir um planejamento econômico global.
A implantação do Estado Novo, a 10 de novembro de 1937, aprofundou a estruturação do Estado e acentuou o intervencionismo. E para promover o reaparelhamento das Forças Armadas e a implementação de um vasto programa de obras públicas, a siderurgia tornava-se um fator central e indispensável.
A ascensão de Getulio Vargas marcou o início de uma série de medidas tomadas pelo Estado para avaliar a situação da indústria siderúrgica. Ao longo de uma década, várias comissões