CRÍTICA AO PODER TEMPORAL DA IGREJA NO FINAL DA IDADE MÉDIA
FINAL DA IDADE MÉDIA
Alunos da Unifai:
Daniella Rissi Campos
Denise Aparecida Gomes
Juvenal Gomes da Costa
Marcelo Augusto Camilo
Sérgio Perisatto
Wesley Heleno de Oliveira
Sob orientação do Prof. Ms. Antonio Ruzza
Introdução
Este artigo é o resultado de um grupo de estudos que procurou abordar o tema do Poder Temporal da Igreja no Final da Idade Média, em particular no início do século XIV. Foram pesquisados, sobretudo, alguns pensadores – teólogos, filósofos e alguns religiosos – que trouxeram à discussão (questiones disputatae) o tema da plenitude do poder papal, conquanto houve quem o defendeu, e naturalmente, aqueles que o criticou.
Procurou-se investigar, mesmo que sucintamente, o contexto histórico do século XlV, época de rivalidade entre o Sacro Império Romano – Germânico e o Papado, época na qual se começou a colocar em questão a legitimidade do poder temporal do Papa. Neste estudo, nossa fonte de pesquisa foram os livros-textos e artigos científicos que versam sobre a política no tempo medievo, ou, mais especificamente, daqueles que tratam da presença e conduta políticas da Igreja na Idade Média. Privilegiou-se a leitura coletiva e discussão a partir de textos seletos de Marsílio de Pádua, Guilherme de Ockham e Dante Alighieri, pensadores estes, que se opuseram ao poder temporal papal, incluindo a leitura auxiliar de comentadores dos mesmos. Investigamos também o pensamento de Egídio Romano e
Tiago de Viterbo, que se posicionaram a favor da plenitude do poder do Papa.
A defesa da plenitude do poder papal
Embora muitos tenham-se manifestado contra a plenitude do poder papal na
Idade Média, temos pelo menos dois que se dedicaram de forma intensa a defender esse poder. 1
Primeiramente falaremos de Egídio Romano, frei da ordem dos agostinianos, que foi um dos mais importantes defensores da doutrina hierocrática. 1 Para ele, ao mesmo tempo em que existe a carne e a alma, também é