CRISTIANISMO: RESUMO DO TEXTO I – Origens do Cristianismo
* Há mais de dois séculos a ciência histórica se debruçou sobre o Jesus religioso afim de fazer uma pesquisa histórica-crítica. O primeiro a contestar a realidade histórica da existência de Jesus foi Bruno Bauer (1809-1882), que chegou a conclusão de que Jesus não era um personagem histórico e sim uma criação mítica dos evangelistas (realização metódica das profecias).
2a) Processo de Revisão Crítica do Jesus Histórico
Os Iluministas e racionalistas tentaram recuperar o Jesus histórico real.
H. S. Reimarus (1694-1768) – Influenciado pelos deístas ingleses, há uma grande diferença entre o que Jesus fez e ensinou e o que os seus apóstolos narraram em seus escritos. Jesus teria proposto uma revolta contra os romanos e seus discípulos furtaram seu cadáver propagando sua ressurreição e transformando-o em mestre espiritual.
Lachmann (1835), Wilke (1838) – Estudo das fontes dos evangelhos, que revelaram sua credibilidade histórica. Início da pesquisa para a reconstrução da figura de Jesus segundo o rigoroso método histórico-crítico.
Escola Liberal – Reconstituíram Jesus segundo um modelo do pregador de uma ética elevada e de uma religião universal, um exemplo inspirador, pioneiro dos ideais do século XIX. Para eles a história de Jesus integrava interpretação dos textos como explicação de caráter psicológico e reduzia sua mensagem a um ideal ético-religioso.
Harnack (1851-1930) – Os evangelhos são obras de evangelização e não histórica e Jesus é um mestre iluminado.
2b) Fontes Históricas
Documentos históricos com comprovação cientifica contextualizando o meio ambiente vivido por Jesus.
Na literatura não cristã há poucos textos que mencionam Jesus:
* Flávio Josefo, Antiquitates judaicae XVIII, 3, 3 § 63-64;
* Tácito – relatos do incêndio em Roma; Annais XV, 44;
* Paulo e suas cartas; Rm 1, 3-4;
Mas a principal fonte de conhecimento de Jesus ainda são os evangelhos, apesar de terem uma