Crises

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Crise de 1929-1933

Ao longo da década de 20, os EUA viveram um período de grande prosperidade, graças ao final da 1ª Guerra Mundial, que lhe proporcionou o título de super-potência, ou seja, depois da 1ª Guerra Mundial, as potências europeias ficaram devastadas, com as infra-estruturas destruídas, por isso, os EUA aproveitaram esta oportunidade para aumentarem a produção industrial e agrícola, bem como a actividade financeira. Estas empresas fortemente capitalizadas produziam cada vez mais para abastecer, tanto o mercado interno, como o mercado europeu e latino-americano, gerando, com isso, uma superprodução de mercadorias. Todavia, se existe mercadorias em excesso, segundo a lógica do mercado capitalista, não existe inflação. Se não existe inflação, não há necessidade de aumento de salários. Mas a ausência de inflação era uma grande mentira, porque as instituições responsáveis pelo cálculo da inflação eram controladas pelo governo que tem interesses em demonstrar o equilíbrio financeiro de suas administrações, por isso, os resultados eram camuflados e transformados, que consequentemente, provocou um menor consumo por parte da população, devido ao salário ter perdido a cada dia o seu poder de compra, provocando um subconsumo. Pelo lado financeiro, a Bolsa de Valores tinha movimentos fora do comum, devido à especulação bolsista, isto é, valor artificial das acções. Oferecia-se enriquecimento imediato e fácil a quem adquirisse acções. Eram acções de seguros, agrícolas, minas, grandes supermercados, bancos, etc. Todos os habitantes e de todas as classes sociais praticavam esse “desporto” financeiro, empregando nisso todas as suas economias. A Bolsa de Nova Iorque registava uma actividade intensa: as pessoas compravam acções para, passado pouco tempo, as venderem por um preço superior, obtendo, assim, grandes lucros com facilidade. A Europa, a partir de 1925, passou a importar menos devido à recuperação económica do pós-guerra. Enquanto que

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