CRISE NA UCRANIA
RAFAEL OLIVEIRA
ADMINISTRAÇÃO
OUTUBRO / 2014
Crise e manifestações na Ucrânia
História da Ucrânia
Durante quase todo o século 20, a Ucrânia fez parte da União Soviética, até sua independência, em 1991. Desde então, o país passou a olhar em outra direção, do Oriente para o Ocidente, da Rússia para a União Europeia, tendo os exemplos de Polônia, Eslováquia e Hungria – todos os membros da União Europeia – em seu horizonte.
Mas a Ucrânia não completa esse movimento porque duas forças contrárias a paralisam. De um lado está a parte ocidental do país, onde vivem as gerações mais jovens e de onde partiu o movimento de aproximação da União Europeia, do outro, está a parte oriental e sul, mais próxima da Rússia, onde se fala russo e não ucraniano e prevalece um sentimento de nostalgia dos anos de integração soviética.
Por fim, de cada um dos lados, existem os interesses e pressões de grandes potências mundiais.
O início dos protestos
Tudo começou em novembro de 2013, quando o então presidente, Viktor Yanukovych, decidiu recusar um acordo que aprofundaria os laços do país com a União Europeia (EU) e vinha sendo negociado há três anos. Em troca, o presidente preferiu se aproximar da Rússia.
Na ocasião, o governo ucraniano chegou a admitir que tomou tal decisão sob pressão de Moscou, Segundo Kiev, os Russos teriam ameaçado cortar o fornecimento de gás na região e tomar medidas protecionistas contra produtos ucranianos. Devido à decisão, a oposição e parte da população ucraniana foram às ruas.
Os confrontos diminuíram um pouco depois que os manifestantes saíram dos prédios oficiais que estavam ocupando e após o governo garantir que daria anistia a todos. Mas os acampamentos de protesto continuaram pelas ruas de Kiev e a oposição pró-EU continuou a exigir a renúncia do presidente.
No fim de janeiro de 2014, cinco manifestantes morreram após o confronto com a polícia. Foram as primeiras mortes da crise. Em Fevereiro de 2014, os