Crise Atual E Crise De 29
1929 versus 2008?
Muitos discutem as coincidências da crise atual com aquela vivida em 1929. Mesmo notando, de forma nítida e organizada, que hoje existem mais possibilidades de reação por parte dos organismos financeiros mundiais, sou obrigado a concordar com certas singularidades. O artigo de hoje traz alguns comentários sobre o modelo econômico das nações ao longo do último século, o que é interessante para entender melhor a evolução (?) do sistema financeiro mundial.
Na década de 20 estava no ápice o liberalismo clássico, que pregava a teoria econômica da auto-regulação. Em outras palavras, acreditava-se que o mercado livre seria capaz de conduzir-se de maneira mais inteligente e próspera. Nesta teoria, fica nítida a falta da regulação do Estado nas questões econômicas práticas.
Após a crise de 1929, com o crash do mercado de ações causado pela alta especulação financeira e pela exploração de brechas e falta de critérios impostos pelo governo, os EUA entraram na conhecida grande depressão. A economia congelou, a população sofreu e o crescimento do país ficou estagnado.
Em 1932, mergulhados em uma profunda crise e diante da ideia de que o liberalismo e a especulação financeira haviam imposto um ritmo de crescimento surreal à verdadeira situação da economia, os EUA elegem o democrata Franklin Delano Roosevelt como presidente, com o desafio de reerguer a economia com um modelo diferente de crescimento.
A partir dos princípios econômicos de John Maynard Keynes , a equipe econômica do novo presidente elaborou um plano econômico chamado New Deal, ou Novo Acordo/Pacto. O pacote econômico implantado trouxe, entre outros pontos:
Controle governamental dos preços de diversos produtos industriais e agrícolas;
Concessão de empréstimos aos proprietários agrícolas;
Realização de um grande programa de obras públicas;
Criação do seguro-desemprego;
Recuperação industrial;
Controle de emissão de valores