Crinaça Selvagem - Resenha
Rio de Janeiro
2013
INTRODUÇÃO
Crianças selvagens são crianças que logo a partir dos primeiros anos de vida passaram a viver em completo isolamento da sociedade. Por abandono ou por se perderem vivem como animais, longe da sociedade. Devido ao isolamento e a falta de referencial humano não se desenvolve um meio de comunicação como à fala ou de locomoção familiar a nossa sociedade.
Em alguns casos relata-se ainda um tipo de “adoção” por parte de algum animal da fauna local, normalmente mamíferos, esses que passam a ser o referencial para essa comunicação e locomoção perdida mimetizada pela criança selvagem. Esses animais passam a cumprir a função figurada de pais da criança, no sentido em que a criança busca um referencial.
1 REFERENCIAL COMPORTAMENTAL.
Devido à perda do referencial humano essas crianças passam a mimetizar o animal ou grupo de animais que por ventura acolheram o novo “filhote”. Essa referência passa a definir o comportamento social da criança em todos os aspectos, e em alguns casos os danos à sua psique comportamental pode ser irreparável.
Há relatos de casos em que as crianças assumem todo o tipo de comportamento. Desde o modo como se alimentam, dormem, se movimentam e manifestam sons vocálicos imitando seus parentes postiços. Tal comportamento se estende até ao incomodo de se vestirem.
Em sua maioria evitam o contato humano, não demonstram interesse por crianças de sua idade ou jogos. Procuram percorrer longas distâncias para evitar esse contato. Tem uma predileção pelo contato com seus parentes ferais. Intrigantemente os animais mimetizados também demonstram uma aproximação maior com a criança, aproximando-se delas como não fariam com outros humanos.
Pela ausência de referencial humano, as crianças selvagens à principio não riem ou choram, apesar de poderem estabelecer alguma ligação afetiva. Também não tem o habito de se conterem quanto á suas