Crian As Abondonadas
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADOSERVIÇO SOCIAL
CRIANÇAS ABANDONADAS NO BRASIL: UM PROBLEMA SOCIAL OU POLÍTICO?
INTRODUÇÃO
A análise do abandono deve ser levada em um contexto histórico, pois nem sempre foi vista como um problema pela sociedade. O abandono indiscriminado de crianças e as práticas infanticidas, começaram a serem consideradas diferentes apenas no final do século XVIII, distinguindo-se o abandono do infanticídio.
Adentrando mais ainda essa análise temporal, o aspecto espacial deve ser considerado. Na Europa houve praticamente a erradicação do abandono de crianças, em contraste com a realidade da América Latina, onde ocorreu uma expansão de casos de abandono desde sua descoberta.
A visão que a sociedade apresenta com relação a esse distúrbio social varia de acordo com o período cronológico da evolução humana. Podemos unificar o mesmo trajeto percorrido pelo abandono de crianças nos países que adotaram o sistema capitalista, onde há marcante separação social entre ricos e pobres.
O tratamento que é dado ao problema na prática tem o mesmo desenrolar dependendo do nível de desenvolvimento econômico do país, e no Brasil não está sendo diferente. Porém, a tendência é piorar. Mesmo com o crescimento econômico observado, a desigualdade socioeconômica parece que é consequência do descaso dado pelo poder público nessa fundamental questão que aumenta as massas menos favorecidas, agrava o contraste social e maximiza todos os demais problemas que afligem o país.
O PROGRESSO DOS ESFORÇOS NO COMBATE AO PROBLEMA
O progresso no cuidado ao abandono de menores é observado no campo da afetividade e das instituições basilares como a escola e a família. A família passa a ter função de acolhimento e a escola, além de aprendizagem, passa a ter função disciplinadora.
O que ocorre a partir de 1930 é uma mudança no caráter dado à política social, que vai sendo incorporada enquanto uma função do Estado, fortalecendo-se a idéia do Estado como principal