Crase
Trata-se de uma particularidade gramatical de relevante importância, dado o seu uso de modo frequente. Diante disso, compreendermos os aspectos que lhe são peculiares, bem como sua correta utilização é, sobretudo, sinal de competência linguística, em se tratando dos preceitos conferidos pelo padrão formal que norteia a linguagem escrita.
Há que se mencionar que esta competência linguística, a qual se restringe a crase, está condicionada aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e nomimal, mais precisamente ao termo regente e termo regido. Ou seja, o termo regente é o verbo ou nome que exige complemento regido pela preposição “a”, e o temo regido é aquele que completa o sentido do termo regente, admitindo a anteposição do artigo a(s). Como explicitamente nos revela os exemplos a seguir:
Refiro-me a(a) funcionária antiga, e não a(a)quela contratada recentemente.
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada recentemente.
Notamos que o verbo referir, analisado de acordo com sua transitividade, classifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referimos a alguém. Constatamos que o fenômeno se aplicou mediante os casos anteriormente mencionados, ou seja, fusão da preposição a + o artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome demonstrativo aquela (àquela).
A fim de ampliarmos nossos conhecimentos sobre as circunstâncias em que se requer ou não o uso da crase, analisaremos:
# O termo regente deve prescindir-se de complemento regido da preposição “a”, e o temo regido deve admitir o artigo feminino “a” (s):