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A corrupção é uma chaga que afeta diretamente a vida de todos os brasileiros. Sua pratica generalizada subverte os investimentos públicos, e o dinheiro que poderia ser empregado para melhorar o bem-estar da população - na saúde, na educação, em infraestrutura, segurança, habitação, entre outros direitos essenciais à vida -, acaba por se perder nos bolsos dos corruptos, até mesmo com o objetivo de financiar campanhas eleitorais, em troca de vantagens ilícitas.

Não é, portanto, difícil inferir que esta pratica aprofunda, direta e indiretamente, a exclusão social e a desigualdade econômica, pervertendo todos os princípios democráticos e republicanos, tão prestigiados no texto constitucional, mas feridos criminalmente, dia a dia, nas práticas dos podereis estatais deste país.

Não chega a ser novidade para ninguém que o estado brasileiro é extremamente corrupto. A falta de treinamento, burocracia absurda e acúmulos esmagadores de processos são as principais vitrines de uma corrupção persistente e generalizada que afeta os três poderes do governo: Executivo, Legislativo e Judiciário. As instituições responsáveis por resguardar direitos, como as forças policiais – em geral mal preparadas e por vezes muito pequenas-, são afetadas por falta de treinamento e rivalidades burocráticas, além de também estarem, é claro, comprometidas pelo mal endêmico da corrupção que permeia toda sociedade brasileira.

Uma das grandes causas da corrupção no Brasil é a lentidão da justiça, que conduz à impunidade. Muitas vezes, processos judiciais por improbidade administrativa são iniciados, mas os acusados só são julgados após o cumprimento integral de seus mandatos. Durante esse período, furtam o máximo que podem e acumulam recursos para sua defesa futura. Quase sempre alcançam esse objetivo, alimentando o círculo vicioso da impunidade, quando ao frustrar a busca por justiça, alimenta a sensação de que o crime compensa.

Ocorre que nenhum projeto de desenvolvimento prospera em um