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Fonte: “História básica da filosofia”, Editora Nerman, São Paulo, 1988, págs. 70-74.
Tradução: Peter Pelbart
http://ultimato.com.br/sites/testedafebrasil/faraday-papers/a-ciencia-precisa-da-religiao/
Costa analisa as origens da ciência moderna demonstrando que a fé cristã foi responsável pelo seu surgimento e aperfeiçoamento. Depois de ilustrar historicamente a sua tese, sustenta que é impossível haver ciência sem fé e que a genuína ciência e a fé bíblica decorrente de uma compreensão adequada das Escrituras caminham na mesma direção de Seu autor, Deus, de onde parte todo o saber.
A fé não é a ciência em si; a fé muda a minha percepção, não a realidade em si. Contudo, o meu olhar e percepção podem contribuir para a mudança do real. Isso só pode ocorrer mediante o trabalho condizente com o que creio. Por sua vez, a ciência não implica necessariamente fé conseqüente, contudo ela, mais cedo ou mais tarde, nos levará a crer subjetivamente no que se mostra objetivamente a nós. Em síntese: o que cremos não muda a realidade, no entanto podemos crer que a realidade pode ser mudada pela nossa fé operante: os sonhadores, de certa forma, são os construtores do real. Todavia, a ciência tenderá a produzir fé naqueles que foram confrontados e convencidos por suas evidências.
Toda ciência num certo grau parte da fé, e ao contrário, a fé que não leva à ciência é equivocada ou superstição, mas não é fé real, genuína. Toda ciência pressupõe fé em si, em nossa autoconsciência;